Qual a relação entre a tributação e a precificação para o e-commerce?

Vender em marketplaces como Amazon, Mercado Livre e Shopee exige muito mais do que olhar apenas para comissões e frete. O verdadeiro segredo para manter um negócio lucrativo é incluir os impostos no cálculo de precificação desde o início.

Ignorar a tributação pode fazer você vender bastante e, no fim do mês, descobrir que a margem de lucro foi totalmente corroída. A precificação inteligente, que considera a parte fiscal, é a única forma de garantir que cada venda cubra despesas e ainda gere lucro real

Quais impostos afetam a precificação no e-commerce?

Os principais impostos que impactam o preço final são:

  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): imposto estadual cobrado sobre a circulação de produtos. A alíquota varia conforme o estado e o tipo de mercadoria.
  • DIFAL (Diferencial de Alíquota): aplicado em operações interestaduais para consumidores finais.
  • ICMS-ST (ICMS Substituição Tributária): aplicado em operações interestaduais em que o comprador tem o objetivo de revender a mercadoria.
  • PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social): contribuições federais aplicadas sobre o faturamento da empresa.
  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): imposto cobrado de empresas com operação fabril.

 A forma de recolhimento muda conforme o regime tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real). Por isso, não existe “preço certo” sem considerar o enquadramento fiscal da empresa.

Como os impostos entram na precificação?

Quando falamos em formação de preço no e-commerce, não basta somar custo, comissão e frete. Os impostos precisam estar dentro da conta, para que você alcance a margem desejada.

Na prática, isso significa que o preço de venda deve ser formado considerando:

  • Custo de compra
  • Comissão do marketplace
  • Frete e logística (fulfillment e embalagem)
  • Tarifas fixas (quando aplicável)
  • Impostos (ICMS, PIS, COFINS, DIFAL)
  • Margem que você deseja manter

 O ponto central é que os impostos não ficam “por fora”: eles precisam ser incluídos diretamente na precificação. Sem isso, você pode vender bem e, no fim do mês, descobrir que está no vermelho.

O impacto de usar uma NCM incorreta na precificação

Um detalhe que muitos e-commerces ignoram é que a classificação fiscal do produto (NCM) afeta diretamente a alíquota de impostos aplicada. E um simples erro pode mudar completamente sua precificação.

 Exemplo real: em uma auditoria feita pelo Precifiquei, um cliente usava a NCM 8546.10.00 (Isoladores de vidro para uso elétrico) para um produto que, na verdade, era um interruptor para vidro elétrico, classificado corretamente na NCM 8536.50.90.

  • Para a NCM utilizada (8546.10.00), a alíquota de ICMS em SP era 18%.
  • Para a NCM correta (8536.50.90), a alíquota era de apenas 12%.

 Resultado: o cliente estava pagando 6% a mais de ICMS em cada venda, reduzindo drasticamente a margem de lucro.

Esse é o tipo de detalhe que pode fazer a diferença entre vender com lucro ou vender no prejuízo.

Para operações em que se aplicam o ICMS-ST a NCM será importante para definir corretamente o Código Especificador da Substituição Tributária (CEST), que juntos ajudam a definir o valor da Margem de Valor Agregado (MVA) a ser considerada no cálculo do imposto.

Como o Precifiquei resolve esse problema

A solução da Tributei automatiza a precificação para e-commerce e ainda utiliza inteligência artificial para validar a classificação fiscal (NCM) de cada produto.

Com ele, você consegue:

  • Auditar automaticamente as NCMs e evitar erros que aumentam sua carga tributária.
  • Simular preços já considerando ICMS, PIS, COFINS, DIFAL, comissão, frete e margem.
  • Comparar cenários de precificação em diferentes marketplaces (Amazon, Shopee, Mercado Livre).
  • Garantir previsibilidade e lucro em cada venda.
 Imagem 01: Tela do Precifiquei mostrando auditoria de NCM e cálculo de precificação para e-commerce
Imagem 01: Tela do Precifiquei mostrando auditoria de NCM e cálculo de precificação para e-commerce

Com a classificação fiscal do produto certa, o Precifiquei realiza simulações de preços para cada UF. Dessa forma o empreendedor terá dados de UFs em que seus produtos ficam com carga tributária maior e consequentemente preços mais elevados.

Tela do Precifiquei mostrando impostos por estado
Imagem 02: Tela do Precifiquei simulando preço por estado, canal de vendas e categoria de anuncio no Mercado Livre

Com esses dados em mãos, o empreendedor ou gestor da loja virtual consegue definir o seu preço mínimo a ser praticado de acordo com a UF para onde mais vende, por exemplo.

Conclusão

No e-commerce, precificar sem considerar impostos é como dirigir de olhos fechados: você até pode vender, mas corre sérios riscos de perder margem sem perceber.

O impacto de ICMS, PIS e COFINS é real e usar uma NCM errada pode piorar ainda mais sua situação. Para não errar, use o Precifiquei, que combina auditoria fiscal e precificação inteligente em um só lugar.

 Quer aprofundar ainda mais? Confira também nossos guias práticos de precificação:

Assim, você entende como cada plataforma impacta o preço final e aprende a ajustar sua estratégia para vender com lucro em qualquer canal.


Perguntas frequentes (FAQ)

1. O e-commerce no Simples Nacional também paga PIS e COFINS?
Sim. No Simples, esses tributos estão unificados no DAS, mas ainda impactam o preço e devem ser considerados.

2. Como saber a alíquota de ICMS do meu produto?
Depende do estado e do NCM da mercadoria. Consultar a legislação estadual ou usar ferramentas de apoio é fundamental.

3. Preciso incluir impostos mesmo se o marketplace já desconta comissão?
Sim. A comissão é apenas a taxa do marketplace. Os impostos incidem sobre a operação da sua empresa e precisam entrar no cálculo.

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